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BLOG DEFESA DA FÉ

Acertando em nossas escolhas


A dependência de Deus é, por certo, um dos elementos mais desafiadores da caminhada cristã. Sabemos que Deus tem o melhor para nós, mas nem sempre estamos prontos para abrir mão do controle da situação, dando a Deus a chance de ser Deus em nossa vida.


O Primeiro Livro de Samuel fala sobre isso. Fala da época posterior a dos juízes (abordada pelo livro de Juízes e, de forma microscópica, pelo livro de Rute). Naquele momento, embora o povo estivesse acostumado à provisão de Deus, tendo levanto inúmeros líderes militares (os juízes, de que fala a Bíblia) para livrar seu povo da opressão, o povo de Deus queria um sistema humano, que eles pensavam que seria menos imprevisível, mais estável. Eles queriam um rei, assim como outros povos tinham.


Chegaram então a Samuel e disseram:


"Então, os anciãos todos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, e lhe disseram: Vê, já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as nações." (1 Samuel 8:4-5)


Deus sabia que esta não seria a melhor escolha para o seu povo. No entanto, como sempre foi assim e sempre será, Deus respeitou a escolha. Aliás, o fato de Deus sempre respeitar as nossas escolhas talvez o mais aterrorizante princípio bíblico, sobre o qual deveríamos ficar aterrorizados.

Deus então diz a Samuel para atender à vontade do povo e estabelecer um Rei.


Assim registram as Escrituras:

"Então, o SENHOR disse a Samuel: Atende à sua voz e estabelece-lhe um rei." (1 Samuel 8:22)


E assim foi feito. Saul foi indicado o primeiro rei do povo de Deus.


A misericórdia de Deus é tão grande, que mesmo discordando do que o seu povo havia feito, Ele não nos abandona. Sempre está conosco para nos resgatar das más consequências. Por isso, em Deuteronômio, Deus havia colocado limites para o exercício e o perfil do rei.


Embora Deus soubesse que esta não seria a melhor opção para o povo de Deus, Ele respeitou a escolha de seu povo, mas não o deixou sozinho, pois o orientou sobre como este rei deveria ser.

As Escrituras estabelecem características para o rei, como a de ser alguém que pertença ao povo de Deus, que seja fiel (se casado, de uma só esposa), que seja obediente a Deus, que não deve ter amor ao dinheiro, que deve conhecer as escrituras, etc.


Mas, será que tais características foram atendidas mesmo pelos reis?


Bom, Saul era muito desobediente; Davi, embora tivesse o coração voltado para Deus, teve várias mulheres; Salomão, então, nem se fala: teve setecentas mulheres, as quais inclusive o influenciaram na velhice a adoração de outros deuses (conforme lemos em 1 Reis 11:4).


Em resumo, nenhum dos reis atendeu ao critério imposto por Deus, nem os três primeiros reis, nem qualquer posterior a Salomão, quando o reino se dividiu em Reino do Norte (Israel, com capital em Samaria) e Reino do Sul (Judá, com capital em Jerusalem).


Mas, mais uma vez, Deus não nos abandona. E, mais ou menos mil anos depois do tempo em que tudo isso ocorreu, vemos que alguém é enviado para ser o Rei perfeito do povo de Deus, para ser alguém que verdadeiramente libertaria o seu povo da opressão de forma permanente.


Falamos de uma época em que o rei era Herodes, de maneira que vamos ver lá em Mateus 2:1-2 o que ocorre:

"Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo." (Mateus 2:1-2)


Mais de três décadas depois, quando Jesus está diante de Pilatos, o mesmo termo aparece:


"Jesus estava em pé ante o governador; e este o interrogou, dizendo: És tu o rei dos judeus? Respondeu-lhe Jesus: Tu o dizes." (Mateus 27:11)


Alguns identificam que Jesus é o Rei do povo de Deus, o Rei perfeito, que liberta para sempre.

Vemos isso em várias passagens, como as em que Pilatos quando oferece Cristo para ser crucificado (João 19:14-16), Jesus é entregue aos soldados (Mateus 27:27-31), ou a placa “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus” é colocada sobre a sua cabeça (João 19:19-22).


Muitos não entenderam o ponto: o Rei dos Judeus, ao morrer, vencia o inimigo.Vencia a morte, vencia a opressão, vencia o pecado. Jesus é o Rei que liberta seu povo para sempre, Jesus é a resposta para o clamor do povo de Deus, mas é a resposta perfeita, pois vem de Deus.


Pelo que Jesus fez, o Pai lhe estabelece um nome acima de todo nome (Filipenses 2:9), incluindo o de Rei.


Aliás, é por isso que João, ao escrever as revelações que teve por meio de visões, registra uma das passagens mais bonitas de reconhecimento da posição de Jesus. Ao ver Jesus, João identifica nele um predicativo: “Rei dos Reis, Senhor dos Senhores” (Apocalipse 19:16).


Sim, Jesus é Deus que veio a Terra como o verdadeiro Rei Libertador. E Ele está aqui, se inclinando para que tomemos a escolha mais acertada. A escolha que trará a consequência mais duradoura: a eternidade ao lado do Pai. E tudo o que precisamos fazer é receber Cristo como o Rei que nos liberta das prisões deste mundo e nos recebe para a Eternidade. A escolha, como sempre, depende de nós.


Assista ao vídeo da pregação sobre este tema e, caso queira fazer a escolha para viver ao lado do Pai, entre em contato conosco que teremos o maior prazer de orar com você.


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